Em 2013 recebi o laudo do meu filho Thuan Fiuza, como autista moderado a severo sem perspectiva de desenvolvimento e não verbal, o mundo desabou, começamos uma corrida contra o tempo, e um conjunto de terapias, creche, Apae, sala multimeios, fono, equoterapia, musicoterapia, natação, e muita oração pra que Deus iluminasse nosso caminho, nos ajudasse aceitar e soubesse como ajudar ele. Não foi fácil, quando achava que estava tendo um bom retorno, vinha a regressão de uma mudança de rotina, voltava do zero, mas não desistia, começava tudo de novo.

E graças a Deus foi uma resposta tão rápida que em setembro de 2013 a Apae começou falar em dar alta pra ele, eu não aceitei porque ele não falava ainda, ele tinha um diagnóstico de não verbal, foi quando em um pensamento na Nossa Sra Aparecida me mostrou o que fazer.

Fomos atrás do Frei Edmilson na Igraje Nossa Sra da Boa Viagem, resumi a ele a história do Thuan, ele prontamente fez uma oração com as mãos sobre a cabeça dele e cochichou em sus ouvidos, dois dias depois veio o milagre, o Thuan falando e formando frases como jamais tínhamos visto.

Quando ele frequentou a musicoterapia na UDESC, o coordenador do projeto sugeriu, que eu colocasse o Thuan no Teatro, aquela mente imaginária chamava atenção de todos, mas o bolso não permitia, até porque, tudo que eu fazia para o Thuan fazia me ver na obrigação de fazer para a Tárcila também, afinal ela é minha filha tanto quanto ele.
Em 2017 mudei meus filhos de escola, Deus escreve certo em linhas tortas, nessa mudança conheci o projeto Arte nas Escolas, nunca vou esquecer, quando falei com a professora Tayná Borges e ela prontamente falou que não tinha vaga, mas que iria dar um jeito.
Lembrei de tantos não que levava quando falava que meu filho era autista que não tava nem acreditando que ela tava acolhendo ele com tanto carinho.
Aí começou uma nova jornada, uma nova página na vida do Thuan, uma experiência tão boa que ele abraçou em todos os sentidos, no amor pela arte e pelos professores, em especial o Igor, o professor de violão que se o Thuan pudesse ele adotava o
professor (risos)

E a mãe?
Essa será eternamente grata ao projeto Arte na Escolas, por todo carinho, amor e dedicação com os meus filhos e com todos que participam.
São pessoa muito especiais e que fazem a diferença na vida de muita gente.
E espero que assim seja por muito tempo ainda.